domingo, 13 de setembro de 2009

Critica do filme "007 Cassino Royale (2006)"



007 - CASSINO ROYALE
Crítica - 007 - CASSINO ROYALE - Acabou-se o suspense, o vigésimo primeiro filme do agente mais charmoso e mortal do cinema dá as caras, “007- Cassino Royale” chega como uma promessa de dar um novo fôlego a série, e consegue.

A primeira a grande discussão do filme aconteceu com o anuncio de que Pierce Brosnan, que para muitos era o melhor dos Bonds, não viveria mais o agente.

As especulações começaram, e mesmo no fim, com a apresentação de Daniel Craig, de “Munique”, para o papel, ela não acabou, os fãs começar a esbravejar palavras de ódio, “ele é muito baixo”, “onde já se viu, ele é loiro”, “mas o cara é feio” e por ai foi.
Mas uma garantia, a hora que você sair do cinema, vai concordar comigo, Craig é o homem para o papel, e com certeza um dos melhores Bonds, para mim só perde para Sean Connery.
O novo ator, desbanca o resto com um fator, o fator qualidade, e faz com que seu 007 seja novo, seja único, criando um personagem, forte, charmoso, cheio de nuances e mais que qualquer coisa humano, como nenhum outro foi.

Essa humanização do personagem não veio sem querer, o próprio roteiro escrito, entre outros roteiristas, por Paulo Haggins, que ganhou o Oscar por “Crash”, mostra o agente em seus primeiros dias como “00” (com licença para matar), cheio de dúvidas, ainda sem toda a classe e estilo dos outros filmes, meio cru, cometendo erros, agindo com o coração, querendo mostrar serviço, e levando as últimas conseqüências a tal licença, isso mesmo, James Bond passa por cima de tudo e todos sem muita pena.

E Daniel Craig se encaixa perfeitamente nisso tudo, com muita versatilidade, ele cria um James Bond que não fica nada atrás de nenhum desses outros agentes atuais do cinema e da TV, cria um personagem sem frescura, no qual você acaba se apegando, ele não está sempre composto e pronto para mais um dry-martini, ele se suja, fica cansado, apanha e se apaixona, ele se aproxima mais de nós mortais, e isso é gostoso de ver.

Baseado no primeiro livro do agente, escrito por seus criador Ian Flemming, o filme é um banquete para os fãs, ali na sua frente você realmente vê a gênese de um mito, como tudo começou, seu primeiro Aston Martin, seu primeiro Dry-Martini, seu primeiro “Bond, James Bond”, seu primeiro vilão, sua primeira paixão, sua primeira execução.

Mas não espere tudo isso naquela velha embalagem, o diretor Martin Campbell, que já tinha assinado “Gondeneye” coloca o filme com os dois pés no chão, nada de pulos de avião, carros na água e as famosas geringonças, o diretor faz um filme de tirar o fôlego, literalmente, a seqüência da primeira perseguição à pé, é algo que já vai ficar para história da franquia, está ai um diretor que sabe muito bem criar cenas de ação.

Campbell ainda não tem medo de transformar “Cassino Rayale” no filme mais violento da série, as duas primeiras mortes do filme, em preto e branco são um ótimo exemplo, sem pestanejar o diretor faz o agente espancar um vilão e ainda atirar a sangue frio em outro, além de uma belíssima seqüência, já mostra ali o que se pode esperar do resto do filme.
E o melhor de tudo, é que quando o filme não esta com a adrenalina a mil, ele não perde o rumo, não esquece que tudo se trata de um filme de espionagem, e consegue carregar muito bem o suspense, sem perder as reviravoltas e o ritmo.

Mas e o vilão? Filme do 007 tem que ter um vilão a altura e nesse caso Lê Chiffre não faz nada feio, interpretado por Mads Mikkelsen, um tipo de banqueiro de grandes traficantes e criminosos, desponta dos outros vilões da série, nada de dominar o mundo, ele só quer sua parte nos juros, um sinal dos tempos onde o dinheiro fala mais alto.

Das caras mais conhecidas, a única volta é a de Judi Dench como M, em mais um ótimo trabalho, pros mais afixionados ainda fica a impressão de já ter visto em algum lugar o agente da CIA Felix, que já apareceu em alguns filmes da série, mas pela primeira vez é representado por um negro, o ótimo Jeffrey Wright, em uma pequena, mas ótima participação.

“Cassino Royale” é um ótimo jeito de apresentar o personagem para uma nova geração, e com certeza vai ser um tiro na mosca para quem já é fã.
Gênero: Ação Duração: 154 min.Distribuidora: Sony Pictures Entertainment Direção: Martin Campbell Roteiro: Paul Haggis, Neal Purvis, Robert Wade

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